O presidente da Câmara Municipal de Goiânia, Romário Policarpo (PRD), nega que o bloco político do qual faz parte com o presidente da Assembleia Legislativa, Bruno Peixoto (UB), e o marqueteiro Jorcelino Braga, presidente do PRD em Goiás, caminha para a dissolução. O bloco informal seria composto por deputados e vereadores do PRD, PSB, Agir e Avante, liderados por Peixoto, Policarpo e Braga. No entanto, o grupo estaria com divergências internas sobre o rumo a ser tomado nas próximas eleições municipais.
Isso porque o PSB, partido do vice-presidente da República Geraldo Alckmin, prefere apoiar a deputada federal Adriana Accorsi (PT), o PRD está mais próximo do senador Vanderlan Cardoso (PSD) e o Agir defende uma aliança com o presidente da Federação das Indústrias de Goiás (Fieg), Sandro Mabel (UB), que foi recentemente escolhido pré-candidato da base do governador Ronaldo Caiado (UB) e Daniel Vilela (MDB).
Policarpo admite que o fato entrada de Mabel na disputa à prefeitura é um fator que pode trazer “um desequilíbrio”, uma tomada de decisão do grupo, porque ele acaba tendo [a simpatia] de membros desse grupo, mas não acredita que irão se afastar.
“Não há mínima possibilidade de haver uma dissolução desse grupo, até porque é um grupo político que caminha junto há muito tempo e que continuará caminhando junto nos próximos anos”, comentou Policarpo, na última terça-feira (23/4), ao ser questionado sobre boatos de racha entre os partidos.
“Agora é óbvio que dentro de um grupo cada um tem as suas opiniões. Não existe um grupo que vai ter uma opinião única. Você coloca as suas ideias dentro do grupo e aqueles que tiverem convencimento obviamente acabam sendo a ideia escolhida”, acrescentou o vereador.
A união do grupo, segundo Policarpo, deve ser buscada por meio de diálogo: “Divergência na política é natural. Existem divergências em todos os blocos. Se você colocar aí os próprios candidatos postos, eles têm divergência sobre a escolha, por exemplo, dos seus vices. Cada um acha que tem que indicar determinado tipo de figura para essa posição”.
Segundo o presidente da Câmara de Vereadores, o bloco político deseja almeja influenciar no processo eleitoral de Goiânia, isto é, pretende indicar o pré-candidato a vice da chapa que for apoiar. Esse nome, afirma, será definido posteriormente.
Indagado se pode se candidatar a prefeito, Romário afirma que seu projeto é a reeleição de vereador.
“Eu nunca me coloquei como candidato a prefeito de Goiânia. Eu me preparo pra ser candidato novamente à reeleição pra vereador”, assegura.