Após a repercussão negativa da notícia de que crianças estariam tirando o horário de sono sentadas em carteiras ou deitadas na Escola Municipal Frei Nazareno Confaloni, na Vila União, em Goiânia, a Prefeitura de Goiânia afirma que se preparou para volta às aulas ao enviar no fim do ano passado mais de R$ 9 milhões para que as escolas pudessem se organizar para receber os estudantes neste início de ano.
A gestão dos recursos é prerrogativa de cada direção de unidade escolar. Com o envio antecipado de recursos, a Secretaria Municipal de Educação (SME) apura a falta de colchonetes em uma unidade da Capital com abertura de processo administrativo disciplinar.
O secretário municipal de Educação, Rodrigo Caldas, convocou uma coletiva de imprensa na tarde de ontem (25) momento em que falou sobre o acontecido. “Esse foi um caso pontual. Temos 378 escolas na rede com mais de 117 mil alunos. Já fizemos uma intervenção na escola onde ocorreu esse fato e afastamos a diretora e a coordenadora até finalizarmos as apurações dos fatos ocorridos que serão objetos de punição administrativa. O recurso enviado não foi usado em tempo hábil. E ainda ontem enviamos colchonetes para que as crianças pudessem ser acomodadas adequadamente em seu intervalo de aula diário”, destacou.
Rodrigo Caldas, além de revelar o nome da escola onde ocorreu o fato nesta coletiva de imprensa, também explicou a foto feita por uma auditoria do Tribunal de Contas dos Municípios que revelou que a pasta de Educação tinha colchonetes guardados em estoque há cerca de um ano. “Os colchões fotografados pelo TCM-GO já foram distribuídos no final do ano passado. Aquela foto foi feita entre os meses de outubro e novembro. Não temos mais colchonetes guardados em nosso almoxarifado”, afirmou.
Os recursos foram destinados a todas as unidades de ensino pelo município, de forma sistemática, descentralizada e antecipada. “Ao longo do ano, o município transfere uma série de recursos para garantir o bom funcionamento das escolas da rede. Os repasses são descentralizados justamente para que os materiais possam ser adquiridos pelas próprias unidades de forma rápida”, explicou Rodrigo Caldas.
De acordo com o secretário, a Escola Municipal Frei Nazareno Confaloni atendia até o ano passado em período parcial. Para 2024, a gestão municipal ampliou o atendimento da unidade, que passou a ser em tempo integral. Além de apurar com rigor a situação da escola, a SME Goiânia determinou a realização de um levantamento para verificar o uso de todos os materiais essenciais para o funcionamento das unidades que integram a rede municipal de ensino.