Hoje é 22 de novembro de 2024 17:37

Projeto incentiva empresas de Goiânia a contratar pessoas LGBTQIA+

Matéria cria selo de empresa amiga da diversidade, em reconhecimento a ações de inclusão de pessoas LGBTQIA+ no mercado de trabalho
Vereador Fabricio Rosa: iniciativa busca ajudar pessoas que enfrentam preconceito para conseguir emprego, especialmente mulheres trans, homens trans e travestis e particularmente travestis pretas // Foto: arquivo pessoal

O vereador Fabrício Rosa (PT) apresentou projeto na Câmara Municipal de Goiânia para incentivar empresas a contratarem e promoverem a inclusão de pessoas integrantes da comunidade LGBTQIA+ no mercado de trabalho. Segundo a proposta, empresas que cumprirem as exigências receberão um selo reconhecendo que têm compromisso com os direitos e o bem-estar dos trabalhadores.

“Uma empresa que garanta pelo menos uma vaga para possa lésbica, gay, bissexual, especialmente travestis, mulheres trans e homens trans, pelo projeto ela é considerada uma empresa amiga da diversidade”, explica Rosa, que é o primeiro vereador assumidamente gay de Goiânia.

O selo terá validade de dois anos e poderá ser renovado, em caso de cumprimento das regras. A empresa deverá, por exemplo, oferecer formação periódica aos funcionários para enfrentar a homofobia, lesbofobia, transfobia.

“Também poderá fazer um evento no mês de junho, que é o mês do orgulho LGBTQIA+, ou estabelecer uma parceria ou cooperação com alguma ONG, alguma associação LGBT, ela também será considerada amiga da diversidade”, diz o vereador.

“Queremos que a Secretaria Municipal de Direitos Humanos ofereça um selo de empresa amiga da diversidade, para que o empresário possa colar na porta do seu estabelecimento e utilizar em campanhas publicitárias”, acrescenta.

Fabrício Rosa explica que a iniciativa busca ajudar pessoas que enfrentam a barreira do preconceito para conseguir emprego, especialmente mulheres trans e homens trans, travestis e particularmente travestis pretas, que, segundo ele, dificilmente conseguem uma vaga no mercado formal.

“Muitas são levadas para exploração sexual porque sofrem discriminação na escola, na igreja, na família, são expulsas de casa. Por isso elas precisam de um plus, de um atendimento diferenciado, para que, de fato, possam ter uma vida digna e se mostrar úteis no mercado de trabalho”, pontua.

O projeto será examinado inicialmente pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara de Goiânia.

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