O presidente do Equador, Guillermo Lasso, dissolveu nesta quarta-feira (17/5) a Assembleia Nacional do país e convocou novas eleições. A decisão ocorre um dia depois de os deputados realizarem a primeira audiência do processo de impeachment do presidente. Lasso é o primeiro chefe de Estado na história recente do Equador a ser alvo do processo.
Lasso sofreu um processo de impeachment por supostamente ter permitido favorecimento a uma petrolífera em contratos estatais.
No decreto publicado nesta terça-feira, em caráter de urgência e com efeito imediato, o líder equatoriano determinou ainda o fim imediato do mandato de todos os deputados e quem for eleito nas eleições extraordinárias terá o mandato válido apenas até o pleito regular, que ocorrerá até 2025.
Lasso utilizou um artigo da Constituição, apelidado de Morte Cruzada, que dá permissão ao governo para dissolver o Parlamento e convocar eleições presidenciais no prazo de seis meses.
Agora, ele permanecerá no cargo pelos próximos seis meses e governará por decreto nesse período. Já os membros do Legislativo perderam suas funções.
“Equatorianas e equatorianos, esta é a melhor decisão para dar uma saída constitucional à crise política e à comoção interna que o Equador vem enfrentando e para devolver ao povo equatoriano o poder de decidir seu futuro nas próximas eleições”, disse.