A prefeitura de Carmo do Rio Verde, município da região goiana do Vale do São Patrício, é alvo de uma operação na manhã desta terça-feira (22/10) do Núcleo Especializado em Crimes Praticados por Prefeitos (NUCPP), departamento do Ministério Público de Goiás (MPGO). Um dos alvos é o prefeito, Geraldo dos Reis Oliveira (MDB), de 83 anos.
Segundo informou o órgão, a ação visa cumprir 17 mandados de busca e apreensão no município, com objetivo de apurar fraude em licitações e desvios de verbas públicas na aquisição de combustíveis. O órgão ainda não informou quais foram os demais alvos, empresas e servidores públicos envolvidos.
Geraldo Reis (foto) é advogado, empresário e produtor rural. Ele foi reeleito no dia 6 de outubro para novo mandato ao obter nas urnas 3.731 votos, o equivalente a 61,70% dos votos do município.
Os mandados estão sendo cumpridos contra o prefeito de Carmo do Rio Verde e outros agentes, entre servidores, empresários e pessoas que supostamente emprestaram seus nomes para falsear a propriedade de empresas, conhecidos como “laranjas”. Durante as buscas, houve uma prisão em flagrante por de posse irregular de arma de fogo.
De acordo com a Assessoria de Comunicação do MPGO, o Tribunal de Justiça de Goiás autorizou o pedido formulado pelo NUCPP e emitiu os mandados de busca e apreensão. A Justiça também autorizou quebra do sigilo bancário dos investigados.
A decisão foi proferida nos autos de medida cautelar vinculada a procedimento investigatório criminal, no qual se apura a suposta prática dos crimes de falsidade ideológica, frustração do caráter competitivo da licitação e apropriação de bens ou rendas públicas, ou desvio dos mesmos em proveito próprio ou alheio (arts. 299 e 337-F do Código Penal e no art. 1º, inciso I, do Decreto-lei n. 201/1967).
Os mandados estão sendo cumpridos pelo NUCPP, por meio do promotor de Justiça coordenador e de outros onze promotores de Justiça, com o auxílio da Coordenadoria de Segurança Institucional e Inteligência (CSI) do MPGO, da Polícia Civil e da Polícia Militar do Estado de Goiás.
Até o momento, nem o prefeito nem a prefeitura se manifestaram sobre a operação.