Hoje é 26 de setembro de 2024 20:20

Parque da Chapada dos Veadeiros é fechado após novo incêndio  

No início do mês, 10 mil hectares da reserva haviam sido destruídos pelo fogo; Goiás registrou 2906 focos de queimadas em setembro
Incêndio foi controlado na noite desta quarta-feira, mas o trabalho de rescaldo continua para evitar o aparecimento de novos focos // Foto: Bombeiros

O Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, em Goiás, foi fechado nesta quinta-feira (26/09) devido a um novo incêndio florestal, que começou nesta quarta-feira (25/09) nas proximidades da Vila de São Jorge. A equipe da concessionária Parquetur retirou rapidamente os visitantes do local, incluindo aqueles acampados nas Sete Quedas, para garantir a segurança de todos.

Mais de 60 brigadistas do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e voluntários combateram as chamas durante a noite. O fogo foi controlado por volta da meia-noite, mas o trabalho de rescaldo e monitoramento continua nesta quinta-feira para evitar o surgimento de novos focos.

Ainda não há previsão para a reabertura do parque, que já havia sofrido com outro grande incêndio no início de setembro. Na ocasião, o fogo destruiu cerca de 10 mil hectares da área de preservação, uma estimativa que abrange regiões entre o Paralelo 14 e a Cachoeira Simão Correia.

De acordo com o Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), do dia 01 até 25 de setembro, foram detectados 2.906 focos de incêndio em Goiás. Essa situação coloca o Cerrado, conhecido como “berço das águas”, em risco.

Um estudo apresentado na conferência sobre o clima COP27, realizada no Egito em 2022, apontou que alguns rios de Goiás podem perder até 67% do seu volume até 2050. Isso faria com que eles se tornassem intermitentes, o que significa que o curso d’água existiria somente no período chuvoso.

Entre os 21 rios analisados no território goiano, o Rio Turvo, em Paraúna, o Rio Piracanjuba, em Orizona, e o Rio João Leite, em Goiânia, são os mais preocupantes. A previsão é de que eles possam perder até 67% do seu volume, no caso do Rio Turvo. Já os rios Piracanjuba e João Leite podem chegar a 56% de redução.

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