Hoje é 7 de julho de 2024 09:14
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Maurício Sampaio se entrega à polícia, diz advogado do empresário

Condenado por mandar matar o radialista Valério Luiz, em 2012, ele era considerado foragido pela polícia, que realizava buscas para prendê-lo
Empresário e ex-tabelião Maurício Sampaio: condenação a 16 anos de prisão, após processo criminal se arrasta há mais de 10 anos // Fotos: Arquivo

Condenado pela morte do radialista Valério Luiz, o empresário e ex-tabelião Maurício Sampaio se apresentou à Polícia Civil nesta quinta-feira (20/6), em Goiânia, segundo o advogado de defesa dele, Ricardo Naves. O empresário era procurado pela polícia, após a Justiça expedir um mandado de prisão contra ele, na tarde de sexta-feira (14/6).

Em sua página na internet, a Polícia Civil informou, na tarde de segunda-feira (18), que realizava buscas “ininterruptas” para prender Sampaio. A defesa alegava que ele estava em viagem, ao Mato Grosso, em uma de suas fazendas.

De acordo com informações apurados pela reportagem do PORTAL NG, após se entregar, Maurício Sampaio está passando por exames de corpo de delito no Instituto Médico-Legal e deve ser encaminhado para a Delegacia Estadual de Investigação Criminal (Deic).

No dia 14 de junho, a Justiça emitiu um mandado de prisão para o ex-policial militar Ademá Figueiredo Aguiar Filho, condenado por ter disparado contra o radialista Valério Luiz, que foi morto aos 49 anos enquanto deixava a rádio onde trabalhava. Figueiredo se entregou no presídio militar do Setor Marista, em Goiânia, no mesmo dia.

Valério Luiz (foto), filho do comentarista esportivo Manoel de Oliveira, conhecido como Mané de Oliveira, foi assassinado a tiros em plena luz do dia, no Setor Bela Vista, um dos bairros mais movimentados de Goiânia, em 5 de julho de 2012.

Condenações mantidas pelo TJGO

Os quatro réus foram condenados pelo Tribunal do Júri de Goiânia em 9 de novembro de 2022. Posteriormente, as defesas recorreram ao Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO), mas as condenações foram anuladas pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) em fevereiro deste ano devido à irregularidade no interrogatório de Marcus Vinícius Pereira Xavier, acusado de participação no planejamento do homicídio, realizado sem a presença da defesa dos demais réus.

Em 12 de abril, a ministra Daniela Teixeira reconsiderou a decisão, permitindo que o STJ revertesse a anulação do júri e negasse o habeas corpus a Maurício Sampaio. O julgamento no TJGO foi retomado após essa decisão e confirmou as condenações proferidas pelo Tribunal do Júri em 2022.

Com a nova decisão, o Ministério Público explicou que os pedidos feitos pelo órgão foram parcialmente atendidos pelo TJGO para condenar Ademá Figuerêdo Aguiar Filho à perda do cargo de policial militar. O tribunal rejeitou, no entanto, o pedido que Djalma Gomes da Silva, absolvido em novembro de 2022, fosse mandado a novo júri.

Segundo o Ministério Público, a morte de Valério Luiz foi motivada pelas críticas dele à diretoria do Atlético Goianiense, da qual Maurício Sampaio, um dos réus, era vice-diretor. Na época, Valério chegou a ser socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas não resistiu aos ferimentos e morreu no local.

Maurício Borges Sampaio:16 anos de prisão, como mandante da execução;

Ademá Figuerêdo Aguiar Filho: 16 anos de prisão, por participar do planejamento e execução do crime;

Marcus Vinícius Pereira Xavier: 14 anos de prisão, por participar do planejamento e execução do crime;

Urbano de Carvalho Malta – 14 anos de prisão, por participar do planejamento e execução do crime.

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