O presidente Lula comemorou, nesta terça-feira (1/8), a onda de resultados positivos do governo, como queda da inflação e do desemprego, maior confiança na economia e melhora da nota de crédito do país junto a grandes agências de classificação de risco. Durante a live Conversa com o Presidente, Lula abordou diversos assuntos, principalmente economia.
O presidente também citou futuras iniciativas que contribuirão para a retomada do desenvolvimento, a exemplo do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que será relançado no dia 11, em solenidade no Rio de Janeiro. O PAC foi uma das bandeiras do segundo mandato do petista no Palácio do Planalto, a partir de 2007, com pesados investimentos em infraestrutura para estimular a economia. A expectativa é de que o programa agora também tenha uma forte pegada ambiental, com aportes significativos em energias renováveis.
“Eu queria que o povo brasileiro se preparasse porque, no dia 11, nós vamos no Rio de Janeiro lançar o PAC”, disse Lula em sua live semanal nas redes sociais.
Um dos assuntos comentados pelo presidente foi a pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV) sobre o Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br), divulgada ontem (31/7). Ela aponta que o índice caiu 4,1 pontos em julho, para 103,5 pontos, menor nível desde novembro de 2017 (103,1 pts.). O indicador acumula uma redução de 13,2 pontos nos últimos quatro meses.
Para Lula, os resultados positivos do seu governo se devem, em boa parte, a medidas que visam a promover o crescimento econômico com distribuição de renda. Ele citou a retomada do aumento real do salário mínimo, que estimula o consumo e aquece a economia, estímulos à produção de alimentos e a redução do preço dos combustíveis, que têm contribuído para a queda dos preços nas prateleiras, entre outros.
“Eu acho que quando o povo percebe que a economia está funcionando, os empregos começam a aparecer, os salários começam a aumentar, a inflação começa a cair, as pessoas começam a perceber que as coisas estão melhorando para elas individualmente. E, ao mesmo tempo que ele percebe que está melhorando para ele, está melhorando para o seu vizinho, aí as coisas começam a ficar melhores”, comentou o presidente.
“E assim a gente vai construir esse país mais democrático, mais inclusivo, muito mais participativo. Eu estou feliz e vou te dizer uma coisa, Uchôa: as pessoas vão se surpreender com o Brasil”, acrescentou, dirigindo-se ao jornalista Marcos Uchôa, que participa da live.
O presidente também destacou que o ambiente tem sido favorável a que trabalhadores e empregadores celebrem acordos salariais acima da inflação, o que não acontecia durante o governo passado.
“Já temos quase 80% das categorias organizadas que fizeram acordos acima da inflação. No tempo anterior, era 75% abaixo da inflação. Significa que é um pouquinho mais de dinheiro nas mãos das pessoas”, disse.
“Vamos colher muitas coisas nesse país, porque nós plantamos corretamente, estamos adubando corretamente, e o dinheiro vai circular na mão de milhões e milhões de brasileiros”, frisou.
O presidente ironizou setores que atribuem a onda de avanços na economia ao fator sorte.
“Tem gente que fala que o Lula tem sorte, porque o Lula tem sorte, porque não sei das contas. Então, gente, se é por causa de sorte, me elejam sempre, porque esse país precisa de sorte”, brincou.
Defesa do novo presidente do IBGE
Durante a conversa com Marcos Uchôa, Lula divergiu de setores que questionam o preparo técnico e até a idoneidade do economista Marcio Pochmann (foto), indicado por ele para a presidência do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O presidente o definiu como “um técnico qualificado, que tem consciência política nesse país, altamente respeitado intelectualmente”.
“Não é aceitável as pessoas criarem uma imagem negativa de uma pessoa da qualificação do Marcio Pochmann. Marcio Pochmann é um dos grandes intelectuais desse país. É um rapaz extremamente preparado. Esse rapaz, eu escolhi ele porque eu confio na capacidade intelectual dele, ele é um pesquisador exímio”, disse Lula. “Agora, algumas pessoas que, possivelmente queriam ir para lá [IBGE), ficam colocando dúvidas sobre a idoneidade do Marcio Pochmann. Eu queria dizer ao povo brasileiro que o Marcio Pochmann, se tiver dez pessoas cem por cento idôneas nesse país, uma é o Marcio Pochmann”, enfatizou.
Lula também questionou notícias que apontam para um descontentamento da ministra do Planejamento, Simone Tebet, com a indicação de Pochmann para o IBGE.
“A Simone Tebet sabe que o Marcio Pochmann é o meu escolhido há muito tempo, e, com toda a clareza, ela ponderou que era importante terminar o censo. Fez o censo, terminou o censo, agora o Marcio Pochmann vai tomar posse como diretor do IBGE”, disse o presidente.