Hoje é 4 de julho de 2024 15:33
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Israel diz que hospital não sofreu impacto direto e que Hamas aumentou número de vítimas 

Áudio que seria de operadores do Hamas foi divulgado confirmando que foguete se parece com artefato da Jihad Islâmica
A Defesa de Israel afirma que o único local danificado está fora do hospital, no estacionamento | Fotos: Reprodução

As Forças de Defesa de Israel afirmaram que o hospital alvo de um ataque na Faixa de Gaza não foi atingido diretamente pelo bombardeio. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (18/10).

Os militares também acusaram o Hamas de aumentar o número de vítimas. De acordo com autoridades palestinas, várias pessoas morreram no ataque contra o hospital.

Em resposta as acusações, o Hamas disse que o bombardeio partiu de Israel. Já o governo israelense reiterou que a instituição foi atingida por um foguete da Jihad Islâmica.

A Defesa de Israel ressaltou que não há sinais visíveis de crateras ou de danos significantes nos prédios da região.

Ainda segundo os militares, os ataques feitos pelas Forças de Defesa de Israel costumam deixar crateras. Como exemplo, o exército citou um ataque que deixou uma cratera de 19 metros de diâmetro.

“A análise das nossas imagens aéreas confirma que não houve impacto direto no próprio hospital. O único local danificado está fora do hospital, no estacionamento, onde podemos ver sinais de incêndio, sem crateras e sem danos estruturais nos edifícios próximos”, afirmou em comunicado.

Israel ainda divulgou uma gravação do que seriam dois operadores do Hamas conversando sobre a explosão no hospital.

No áudio, segundo os militares, membros do grupo confirmam que o foguete se parece com um artefato da Jihad Islâmica, e que o disparo teria acontecido de um cemitério que fica próximo ao hospital.

O governo israelense disse ainda que conduziu uma investigação supervisionada baseada em relatórios de inteligência, sistemas operacionais e imagens aéreas.

Segundo os militares, os radares de Israel identificaram foguetes disparados por terroristas dentro da Faixa de Gaza no momento em que houve uma explosão na instituição.

De acordo com os militares, desde o início do conflito em 7 de outubro, 450 foguetes disparados dentro da Faixa de Gaza falharam e caíram na região, fazendo com que civis palestinos paguem o preço.

Jihad Islâmica

Ligada ao Hamas, a Jihad Islâmica foi fundada na década de 1980, no Egito, por estudantes universitários de Gaza. É considerado um grupo terrorista também por Estados Unidos, União Europeia e Israel.

Ao longo do tempo, assumiu ataques suicidas e terroristas e não reconhecem a existência do Estado Israelense. No ataque do dia 7 de outubro, uniu-se à ação do Hamas.

A organização negou que tenha sido responsável pelo ataque ao hospital.

O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, decretou três dias de luto pelo ataque ao hospital. Para a Autoridade Palestina, o ataque ao hospital foi um massacre.

A Autoridade Palestina é um grupo adversário do Hamas e não tem poder político na Faixa de Gaza.

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