O gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou não ter acordo para trégua temporária em Gaza. O objetivo do cessar-fogo é a retirada de estrangeiros da região.
“Atualmente, não há trégua e ajuda humanitária em Gaza em troca da retirada de estrangeiros”, disse um comunicado do gabinete de Netanyahu.
A agência Reuters havia informado que Egito, Israel e Estados Unidos tinham concordado com o cessar-fogo e a reabertura da fronteira em Rafah. As informações foram divulgadas com base em duas fontes de segurança egípcias.
Ainda, de acordo com o chefe do gabinete de comunicação do Hamas, Salama Marouf, ele não recebeu nenhuma informação do Egito sobre o plano de abrir a fronteira.
Segundo a Reuters, o acordo estava previsto para valer a partir das 9h no horário local (3h, no horário de Brasília) desta segunda-feira (16/10). Todavia, fontes da agência em Al-Arish afirmaram que a fronteira permanecia fechada após este horário.
A Reuters informou que o cessar-fogo coincidiria com a reabertura da passagem na fronteira de Rafah, no sul de Gaza, com a Península do Sinai, no Egito. E que os três países tinham concordado em manter a fronteira egípcia com Rafah aberta até as 17h no horário local (11h, de Brasília).
Segundo a agência, a Embaixada dos Estados Unidos de Israel não se manifestou sobre o assunto. O acordo permitiria a saída de cidadãos estrangeiros de Gaza e a chegada de ajuda humanitária ao território palestino.
Resgate de brasileiros
Um grupo de 19 brasileiros está na cidade palestina de Rafah, ao sul da Faixa de Gaza. Os brasileiros foram alocados no sábado (14/10) pela Embaixada do Brasil na Palestina em uma casa alugada na região.
Outros 12 brasileiros estão em um prédio na cidade de Khan Younes, mais distante da fronteira com o Egito. Eles devem ser deslocados em direção a Rafah, posteriormente, quando houver sinalização de que poderão atravessar a fronteira com o Egito.
A previsão do governo brasileiro é buscar essas pessoas de avião em território egípcio. O avião, de uso da Presidência da República, foi enviado de Brasília para Roma e, na capital italiana, aguarda autorização para ir para o Egito.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou por telefone com o presidente egípcio Abdel Fattah al-Sissi. Lula pediu a abertura da fronteira e ajuda para a retirada dos brasileiros.