O estado de Israel intensificou os ataques no Líbano neste domingo (29/9) após matar Sayyed Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah, em um ataque aéreo em Beirute, na última sexta-feira (27/9). De acordo com avaliação de organismos internacionais, a morte de Nasrallah e outros comandantes importantes do grupo expôs falhas de segurança do Hezbollah, enquanto Israel considera ampliar a ofensiva. O Hezbollah retaliou com disparos de foguetes, e o Irã prometeu vingança pela morte do líder.
A escalada no conflito entre Israel e Hezbollah aumentou os temores de um confronto regional maior, com a possibilidade de envolvimento direto do Irã e dos Estados Unidos. Washington reforçou suas forças na região, mas ainda defende uma solução diplomática. Nasrallah, líder do Hezbollah por 32 anos, transformou o grupo em uma força poderosa no Líbano e no eixo de alianças do Irã no mundo árabe.
A ofensiva israelense, além de atingir alvos militares, têm impactado gravemente civis libaneses. Mais de 1 mil libaneses foram mortos e 6 mil ficaram feridos nas últimas duas semanas, e cerca de um milhão de pessoas foram deslocadas da região. Ataques israelenses continuam a atingir alvos do Hezbollah, incluindo depósitos de armas e lançadores de foguetes.
Neste domingo (29/9), um bombardeio israelita matou quatro pessoas em um ataque aéreo contra um porto controlado pelos houtis no Iêmen, localidade que fica a 2 mil km de Israel. Em julho Israel já havia bombardeado o local em Hodeidah.
Em seu último compromisso na 79ª Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), em Nova York, na última quarta-feira (25/9) o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) condenou o conflito entre Israel e o Hezbollah no Líbano. “Eu condeno de forma veemente esse comportamento do governo de Israel que eu tenho certeza que a maioria do povo de Israel não concorda com esse genocídio. Também estamos brigando para libertar os reféns do Hamas. Não tem sentido fazer reféns pessoas inocentes. É importante que o Hamas contribua para que haja mais eloquência para liberar os reféns. Eu acho que a humanidade não pode conviver e aceitar como normalidade o que está acontecendo em Israel, na Faixa de Gaza, no Líbano, na Cisjordânia”, disse Lula em coletiva de imprensa.