Hoje é 8 de novembro de 2024 10:56

HGG realiza mutirão para zerar fila de pacientes que aguardam cirurgia de endometriose

Instituição deve realizar 17 cirurgias até o início do mês de setembro, contando com o apoio de equipes de ginecologia e cirurgia do aparelho digestivo
Endometriose é uma doença crônica que gera dores limitantes e infertilidade em mulheres em idade reprodutiva//Foto: HGG

O Hospital Estadual Alberto Rassi (HGG) iniciou, no mês de agosto, um mutirão de cirurgias para tratar a endometriose, uma doença crônica que afeta mulheres em idade reprodutiva. Até o início de setembro, a instituição pretende realizar 17 cirurgias, visando zerar a fila de pacientes que aguardam pelo procedimento na unidade. 

Quatro procedimentos já foram concluídas com a colaboração das equipes de Ginecologia e Cirurgia do Aparelho Digestivo do hospital. Todos os procedimentos estão sendo realizados por videolaparoscopia, uma técnica moderna que utiliza câmeras para guiar os cirurgiões, resultando em pequenas incisões e menos trauma para o paciente. Essa abordagem proporciona uma recuperação mais rápida, com menor tempo de internação. 

A endometriose é caracterizada pela presença do tecido que reveste o útero, chamado endométrio, fora da cavidade uterina. Isso pode causar inflamação, dores intensas e dificuldades para engravidar. O Dr. Eduardo Pontes, Supervisor da Residência de Endoscopia Ginecológica do HGG, explica que “a menstruação retrógrada e um sistema imunológico deficiente são as principais causas da doença.” Ele acrescenta que, quando o tratamento medicamentoso falha, a cirurgia se torna necessária, especialmente em casos em que há obstrução de órgãos como o intestino e o ureter. 

De acordo com Pontes, a cirurgia é delicada, mas sem grandes riscos para as pacientes. “As mulheres que passarem por este procedimento no HGG devem ficar internadas por, no máximo, dois dias e, em até 20 dias, poderão retomar suas atividades habituais.”

Nathalia Duarte, uma das pacientes beneficiadas pela ação, compartilhou sua experiência com o atendimento recebido e a importância dessa iniciativa. “Antes, a minha endometriose era descoberta só por eliminação e sintomas, mas foi ele (Dr. Eduardo Pontes) que descobriu de fato e quis fazer a cirurgia para poder melhorar a minha condição de vida, porque ela causa extrema dor, é um sofrimento muito grande.”

Ela realizou a cirurgia há cerca de 18 dias e expressou sua gratidão pelo mutirão promovido pelo HGG. “Esse mutirão não foi só importante para mim, mas para muitas mulheres com a mesma doença que eu. A endometriose não tem cura, mas, quando ela ataca órgãos como o intestino e o útero, como foi no meu caso, a cirurgia se torna necessária porque a dor é insuportável,” afirmou ao Portal Notícias Goiás.

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