Hoje é 22 de novembro de 2024 07:47

Grupo criminoso teria causado R$31,8 milhões em prejuízo ao TJ

Operação contra crimes de estelionato cumpriu mais de 60 mandados judiciais em 10 cidades brasileiras, incluindo Goiânia, Aparecida, Anápolis, Trindade e Anicuns
Operação Alvará Criminoso prendeu 33 pessoas em 10 cidades brasileiras. Foto: Polícia Civil

Na manhã desta quarta-feira (19/06), a Polícia Civil cumpriu mais 68 mandados judiciais na segunda fase de uma investigação que apura crimes de estelionato majorado contra a administração pública.

Na chamada Operação Alvará Criminoso, foram presos 33 suspeitos e realizadas 35 buscas e apreensões de bens em Goiânia, Trindade, Aparecida, Anápolis, Anicuns, Bahia, Rio de Janeiro, Tocantins, Maranhão e Pará.

Segundo o delegado Willian Bretz, a suposta organização criminosa atuava fraudando contas e alvarás judiciais para receber o dinheiro nos bancos. “Esse grupo criminoso era especializado em fraudar alvarás e pagamentos judiciais, ou seja, aqueles depósitos que são feitos em juízo. Eles falsificavam esses alvarás e, com a assinatura de advogados se passando por juízes, protocolizavam em outros processos, diferentes daqueles onde estava o dinheiro depositado, para que tivessem a chancela do sistema eletrônico do TJ e, assim, conseguissem receber esses valores.”, explicou o delegado responsável pelo caso em entrevista.

Ele comenta que os advogados se aproveitavam de seu acesso ao sistema do Tribunal de Justiça para escolher as contas com os maiores saldos. Depois disso, fraudavam documentos onde seus nomes apareciam como se fossem juízes que estavam dando a ordem para a liberação do dinheiro e enviavam para os bancos por um e-mail falso com o nome do órgão. Um gerente de banco que supostamente facilitava essa transação também foi preso na operação.

As investigações apontam que eles tentaram receber 25 alvarás em 25 contas vinculadas a processos judiciais, sendo que somente 14 delas foram bem-sucedidas. Mesmo assim, o prejuízo causado pela suposta organização chega a R$ 31,8 milhões.

Os suspeitos responderão por estelionato, crime contra a administração pública, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

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