Hoje é 22 de novembro de 2024 19:15

Governo federal anuncia transferência de Pix de R$ 5,1 mil para famílias do RS

Governo também informou que famílias que perderam casas que se encaixam dentro do perfil de renda do Minha Casa Minha Vida, todas terão suas casas garantidas de volta
Lula reúne-se em São Leopoldo com o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, e anuncia novas medidas de assistência à população do estado // Fotos: Ricardo Stuckert/PR

O governo federal anunciou nesta quarta-feira (15/5) um benefício de R$ 5.100,00 para as famílias que perderam móveis, eletrodomésticos e outros objetos nas enchentes que assolaram o Rio Grande do Sul nas últimas semanas. O anúncio foi feito pelo ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, durante a visita da comitiva liderada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva a São Leopoldo do Sul, na região metropolitana de Porto Alegre.

“É uma ajuda para pessoas que perderam sua geladeira, seu fogão, sua televisão, seus móveis, seu colchão”, afirmou Costa.

“Será atestado pela Defesa Civil de cada município, aquela poligonal, aquelas ruas onde as pessoas perderam seus objetos. Essas pessoas terão, de forma rápida, facilitada, via Caixa Econômica Federal, a transferência, nas suas contas, via Pix, de R$ 5.100”, acrescentou.

Segundo o ministro, a estimativa inicial é que o benefício alcance cerca de 200 mil famílias, representando um custo de R$ 1,2 bilhão. O procedimento para solicitação do benefício será autodeclaratório, sendo que as autoridades realizarão cruzamento de dados para confirmar se a área onde a pessoa beneficiada vive foi atingida pelas inundações.

Este anúncio faz parte de um pacote de medidas destinadas ao apoio direto à população afetada pela maior catástrofe ambiental da história do Rio Grande do Sul. Até o momento, 449 municípios foram impactados, com registros de 149 mortes, 108 desaparecidos e mais de 800 pessoas feridas.

O presidente Lula, em sua terceira visita ao estado desde o início da tragédia, chegou pela manhã e visitou um abrigo público em São Leopoldo, onde se encontrou posteriormente com o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite.

Governo garantirá casas para famílias de baixa renda

Além do Auxílio Reconstrução, como foi batizado o benefício de R$ 5,1 mil para recuperação de bens, o governo federal anunciou outras medidas para as pessoas que tiverem suas casas destruídas pelas chuvas e enchentes nas áreas urbanas. O número de residências perdidas no estado ainda não foi levantado.

“O presidente Lula está garantindo que as casas que foram perdidas na enchente, aquelas que se encaixam dentro do perfil de renda do Minha Casa Minha Vida [faixas] 1 e 2, 100% dessas famílias terão suas casas garantidas de volta pelo governo federal”, afirmou Rui Costa.

Pelas regras do programa habitacional, a faixa 1 compreende famílias com renda bruta familiar mensal de até R$ 2.640. Já a faixa 2 abrange famílias com renda entre R$ 2.640,01 e R$ 4.400.

Entre as medidas apresentadas, está a compra assistida de imóveis usados. Segundo o ministro Rui Costa, a ideia é que as pessoas que se encaixam na faixa de renda do programa possam buscar, desde já, opções de imóveis à venda nas suas cidades, que serão adquiridos a partir de avaliação da Caixa Econômica Federal.

“Aquelas pessoas que estão em abrigo, seja abrigo oficial ou estão abrigadas em casas de familiares, elas já podem procurar na sua cidade um imóvel à venda que o governo federal, através da Caixa, vai comprar a casa e entregar à pessoa”, disse o ministro. A estratégia de reposição de casas em áreas rurais será anunciada posteriormente pelo governo.

Outra opção é a compra de imóveis diretamente das construtoras. O governo também vai abrir editais novos do Minha Casa Minha Vida a partir de demanda de déficit habitacional apresentada pelas próprias prefeituras, incluindo possibilidade de remodelação de imóveis já existentes para transformação em áreas residenciais.

Liberação de FGTS e suspensão de leilão de imóveis

O governo federal vai permitir ainda que trabalhadores com carteira assinada possam sacar do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), nas cidades atingidas, até o valor de R$ 6.220, independentemente da vedação legal que limita um intervalo de 12 meses entre um saque e outro, isso para permitir que pessoas que sacaram o FGTS nas enchentes do ano passado, no Vale do Taquari, possam acessar o recurso nas contas novamente.

Também foi anunciada a retirada de leilão de imóveis de pessoas inadimplentes, em financiamentos por meio dos bancos públicos federais.

“Nós determinamos que todas as casas que estavam para leilão, aqui nas cidades atingidas, da Caixa e do Banco do Brasil, vamos retirar do leilão, o governo federal fará a quitação e entregará às famílias que precisam das casas”, anunciou o ministro-chefe da Casa Civil.

Beneficiários do seguro-desemprego no Rio Grande do Sul terão direito a duas parcelas adicionais. Além disso, o governo concedeu pausa nos pagamentos de financiamentos de imóveis por 180 dias, além de carência de 180 dias para novos contratos.

O governo também informou que 21 mil novas famílias foram incluídas no programa Bolsa Família no Rio Grande do Sul. Além disso, as parcelas do pagamento do auxílio serão antecipadas no estado para o próximo dia 17.

Em outro anúncio, Rui Costa confirmou que o primeiro lote de restituições do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) será pago no próximo dia 31 de maio para todos os contribuintes do Rio Grande do Sul que fizeram a declaração. O lote tem valor de R$ 1,1 bilhão. (Com informações da Agência Brasil)

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