A equipe jurídica do cantor Gusttavo Lima anunciou que tomará medidas judiciais para reparar os danos causados à sua imagem após ser envolvido em uma investigação sobre empresas ligadas a atividades ilícitas. Em comunicado, ressaltaram que a relação do cantor com essas empresas se limitava ao uso de sua imagem para campanhas publicitárias e à venda de uma aeronave, transações que foram feitas legalmente e devidamente registradas.
Na última terça-feira (24/09), o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) concedeu habeas corpus a Gusttavo Lima, após uma decisão da juíza Andrea Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal do Recife. Segundo a defesa do cantor, a magistrada fez suposições infundadas que não condiziam com as provas já apresentadas no processo, o que teria motivado a ação judicial para corrigir tais erros.
Os advogados do artista destacam que todas as suas transações financeiras foram realizadas de forma transparente e que ele não tem qualquer envolvimento com as atividades ilegais investigadas. Eles afirmam que o cantor busca, com essas medidas judiciais, proteger sua integridade e reparar os danos causados à sua reputação por informações equivocadas divulgadas na mídia.
Nota da defesa do cantor:
A relação de Gusttavo Lima com as empresas investigadas era estritamente de uso de imagem e decorrente da venda de uma aeronave. Tudo feito legalmente, mediante transações bancárias, declarações aos órgãos competentes e registro na ANAC.
Tais contratos possuíam diversas cláusulas de compliance e foram firmados muito antes de que fosse possível se saber da existência de qualquer investigação em curso.
Gusttavo Lima tem e sempre teve uma vida limpa e uma carreira dedicada à música e aos fãs. Oportunamente, medidas judiciais serão adotadas para obter um mínimo de reparação a todo dano causado à sua imagem.
– Jurídico Gusttavo Lima
MP solicita novas diligências para apurar envolvimento de Gusttavo Lima e Deolane Bezerra em esquema de lavagem de dinheiro
O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) solicitou à Polícia Civil novas diligências para continuar a investigação envolvendo Deolane Bezerra e Gusttavo Lima, suspeitos de envolvimento em um esquema de lavagem de dinheiro com jogos ilegais. O MPPE informou que o inquérito ainda não possui elementos suficientes para uma acusação formal e precisa de mais provas.
Após a divulgação da nota do MPPE, a Justiça revogou os pedidos de prisão de Gusttavo Lima e Deolane Bezerra. Segundo o advogado Durval Lins, o promotor responsável pela investigação deve detalhar à Justiça quais medidas precisam ser tomadas. Lins destacou que os investigados são apenas suspeitos até que o Ministério Público conclua a investigação e apresente uma denúncia à Justiça. Ele ainda explicou que as prisões preventivas poderiam ter sido evitadas com medidas alternativas, como o bloqueio de bens.
A Polícia Civil de Pernambuco afirmou que todas as determinações judiciais da “Operação Integration” serão cumpridas. De acordo com o MPPE, a substituição das prisões por outras medidas cautelares foi necessária para evitar constrangimentos aos investigados durante a realização das novas diligências.
As defesas de Deolane e Gusttavo Lima se manifestaram após a decisão judicial. Gusttavo Lima, através de nota, reforçou que sua relação com as empresas investigadas era estritamente comercial e legal. Deolane, ao deixar a prisão, afirmou acreditar na justiça e reafirmou sua inocência.
O desembargador Eduardo Guilliod Maranhão, que revogou as prisões, também anulou a apreensão do passaporte e do registro de arma de Gusttavo Lima. A influenciadora Deolane Bezerra foi liberada após cerca de duas semanas presa.