O candidato a presidente do Equador, Fernando Villavicencio, foi assassinado com três tiros na cabeça nesta quarta-feira (9/8). Ele estava saindo de um comício em uma escola na cidade de Quito. A morte foi confirmada pelo presidente equatoriano, Guillermo Lasso.
De acordo com informações preliminares, três criminosos efetuaram disparos de metralhadoras. No total, nove pessoas ficaram feridas, incluindo uma candidata à Câmara de Deputados e dois policiais.
Segundo o Ministério Público do Equador, durante a troca de tiros com a polícia, um dos suspeitos do crime morreu. Outras seis pessoas foram detidas por suspeita de envolvimento no caso.
No último vídeo de Villavicencio ainda com vida, é possível ver ele saindo do colégio onde ocorreu o comício cercado por policiais que o ajudam a entrar em um veículo. Antes de fechar a porta, ouvem-se disparos e gritos.
De acordo com um texto do partido Movimiento Construye, ao qual Villavicencio pertencia, a sede do partido também foi atacada por homens armados.
Por meio de uma rede social, o atual presidente, Guillermo Lasso, afirmou que o gabinete de segurança vai se reunir para dar uma resposta ao crime.
“O crime organizado chegou muito longe, mas o peso da lei vai cair neles”, disse o presidente.
Villavicencio tinha 59 anos, era um ex-sindicalista da empresa estatal de petróleo Petroecuador e, depois, tornou-se um jornalista que publicou histórias em que denunciava que a companhia perdeu milhões de dólares por negócios ruins. Ele era casado com Verónica Sarauz e deixa cinco filhos.
Em uma pesquisa divulgada na manhã desta quarta-feira (9/8) em suas redes sociais, o candidato de centro-direito aparecia com 13,5%, em segundo lugar, atrás da esquerdista Luísa González, com 26%.