Em um pronunciamento durante um evento convocado por ele mesmo, realizado no último domingo (25) na Avenida Paulista, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) manifestou seu apoio à concessão de anistia aos indivíduos detidos em decorrência dos eventos golpistas ocorridos em 8 de janeiro.
Na comitiva goiana presente no ato político em São Paulo estiveram presentes o governador Ronaldo Caiado (União Brasil), a primeira-dama de Goiás, Gracinha Caiado, o senador Wilder Morais (PL), os deputados federais Gustavo Gayer (PL), Professor Alcides (PL), Magda Moffato (PL) e Zacharias Calil (União Brasil). O ex-prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha (MDB) e sua esposa Mayara Mendanha também estavam no local.
“O que eu busco é a pacificação, é passar uma borracha no passado. É buscar maneira de nós vivermos em paz. É não continuarmos sobressaltados. É por parte do Parlamento brasileiro (…) uma anistia para aqueles pobres coitados que estão presos em Brasília. Nós não queremos mais que seus filhos sejam órfãos de pais vivos. A conciliação. Nós já anistiamos no passado quem fez barbaridades no Brasil. Agora nós pedimos a todos 513 deputados, 81 senadores, um projeto de anistia para que seja feita justiça em nosso Brasil”, disse o ex-presidente.
Em vídeo postado em suas redes sociais neste domingo, Caiado disse que o ato foi “indescritível”. “(Bolsonaro) Ao conclamar as pessoas a vir aqui se defender, mostrar tudo aquilo que construiu e que pretende construir para o País, conseguiu trazer esse Brasil todo que acredita no direito de propriedade, nos princípios familiares, como também no combate à criminalidade. Este é o Brasil que Bolsonaro construiu e que vamos continuar, se Deus quiser”, afirma. O vídeo foi gravado pelo deputado federal goiano Gustavo Gayer (PL), pré-candidato a prefeito de Goiânia.
Bolsonaro também negou ter tentado dar um golpe de estado. O ex-presidente, ex-ministros e assessores e militares são alvos de um inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) que investiga essa tentativa de golpe. Os apoiadores começaram a chegar pela manhã e os discursos tiveram início por volta das 14h30. Bolsonaro chegou por volta das 15h, acompanhado do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Nesse horário, segundo um levantamento de pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) reunia cerca de 185 mil pessoas – o ápice da manifestação. A polícia paulistana informou que estiveram presentes em média 750 mil pessoas no evento político.
Além de Bolsonaro, discursaram o presidente do PL, Valdemar da Costa Neto; a ex-primeira-dama, Michelle; o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos); o pastor Silas Malafaia e parlamentares apoiadores do ex-presidente. Em geral, os discursos fizeram a defesa de Bolsonaro e do governo do ex-presidente.
Ex-ministro de Bolsonaro e atualmente governador de SP com o apoio dele, Tarcísio de Freitas falou antes do ex-presidente. Tarcísio agradeceu Bolsonaro, a quem chamou de amigo. “Eu não vou chamar nem de presidente agora, vou chamar de Bolsonaro, meu amigo Bolsonaro. Você não é mais um CPF, você não é mais uma pessoa, você representa um movimento”, afirmou.
Estavam presentes também no ato político a ex-primeira-dama Michelle; o pastor Silas Malafaia; os governadores de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo) e de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL); o presidente do PL, Valdemar da Costa Neto – ele discursou antes da chegada de Bolsonaro; o presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), Nikolas Ferreira (PL-MG) e Carla Zambelli (PL-SP); o senador Magno Malta (PL-ES); o ex-deputado federal João Roma (PL); e outros.