O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) esteve nesta segunda e terça-feira (17 e 18/6) no Sudoeste Goiano, onde participou, em Jataí, de encontro regional do partido e, em Rio Verde, do lançamento da pré-candidatura do ex-deputado estadual Lissauer Vieira (PL) a prefeito. Forte no agronegócio, a cidade de Rio Verde é um dos principais redutos do bolsonarismo no país e considerada estratégica na meta do PL para a eleição municipal deste ano.
Acompanhado de correligionários, como o senador Wilder Morais, presidente estadual do PL, Bolsonaro desembarcou em Rio Verde ainda na manhã de segunda, onde foi recepcionado no aeroporto. Já à tarde, ele se deslocou para Jataí, cidade vizinha, onde participou de encontro regional do PL e do lançamento da pré-candidatura de Geneilton de Assis a prefeito da cidade.
Já na terça, às 10h, ele participou do evento de lançamento da pré-candidatura a prefeito de Lissauer, produtor rural e ex-presidente da Assembleia Legislativa de Goiás. Antes, realizou carreata pelas ruas da cidade, saindo do Centro de Tradições Gaúchas, percorrendo a Avenida Presidente Vargas e as principais ruas comerciais de Rio Verde, com destino ao salão de eventos Durigon.
Durante discurso, Lissauer Vieira relembrou que ele participou de forma decisiva, como presidente da Assembleia Legislativa, para que Goiás entrasse no Regime de Recuperação Fiscal, um novo acordo de renegociação das dívidas de Goiás com a União. A aprovação ocorreu em dezembro de 2021 e Lissauer exibiu em telão um curto vídeo do governador Ronaldo Caiado (União) agradecendo o Governo federal pela aprovação da renegociação.
Mas o pré-candidato reclamou da aprovação da taxa do agronegócio, cobrança sobre a produção instituída em lei estadual pelo Governo de Ronaldo Caiado. Ele
“Um estado que tem mais de R$ 10 bilhões em recursos, precisava naquele momento, no final da minha gestão [como presidente da Assembleia Legislativa], no final de 2022, quando eu estava saindo, colocar goela abaixo e sangrar o nosso produtor rural cobrando uma taxa que não é justa para os nossos produtores?”, indagou.
E completou: “Encaminhei, votei contra, sou contra e não concordo com esta cobrança aqui no nosso estado. Mas vamos trabalhar a partir de hoje trazendo cada vez mais a discussão do futuro da nossa cidade de Rio Verde”, acrescentou Lissauer.
Bolsonaro reclama de perseguição e diz que condenação pode ser revertida
Já Bolsonaro fez ataques ao atual governo do país, sem citar Lula, e reclamou de perseguição contra os condenados pelos ataques aos Três Poderes no 8 de janeiro de 2023.
“Tenho certeza que brevemente o Parlamento anistiará a todas essas pessoas. Somos ainda um país livre”, discursou.
Ele também reclamou da decisão do Governo federal de importar arroz para evitar alta do produto, especialmente devido à escassez por conta das enchentes no Rio Grande do Sul.
“Olha o que se está fazendo com o agro brasileiro. O nosso agro produz arroz mais que suficiente para o consumo interno nosso e ainda sobra um pouco para exportar”, disse, acrescentando que “o Brasil tem tudo para dar certo”.
“Pode ter certeza. 2026 está logo ali, passa por 2024”, completou, dizendo que é muito importante eleger prefeitos e vereadores.
Antes de finalizar, sugeriu que a condenação que o tornou inelegível até 2030 poderá ser revertida.
“Tudo muda. O TSE [Tribunal Superior Eleitoral] já começa a mudar a sua roupagem, pessoas melhores qualificadas vão ocupando esse tribunal. Isso pode ser revertido lá na frente e tudo que me acusaram e me acusam até o momento não existe nada de provas, até aquela obsessão que ele tentou dar um golpe, nunca desobedeci a nossa Constituição ou as leis. Nunca fiz nada fora das quatro linhas da Constituição; o outro lado fez”, falou.
