Um ataque aéreo israelense nesta terça-feira (17/10) matou centenas de pessoas em um hospital da Cidade de Gaza, segundo autoridades de saúde do enclave controlado pelo Hamas. As Nações Unidas disseram que um ataque israelense também atingiu uma de suas escolas que era usada como abrigo.
Um chefe da Defesa Civil de Gaza afirmou à televisão Al-Jazeera que mais de 300 pessoas foram mortas no Hospital Al-Ahli al-Arabi. Uma autoridade do Ministério da Saúde de Gaza disse que pelo menos 500 pessoas foram mortas e feridas. Ambos os departamentos estão sob o governo dirigido pelo grupo terrorista Hamas.
As Forças Armadas de Israel disseram não ter quaisquer detalhes sobre o suposto ataque.
Mais cedo nesta terça-feira, a agência das Nações Unidas para os refugiados palestinos, UNRWA, informou que um ataque aéreo israelense matou pelo menos seis pessoas depois de atingir uma de suas escolas que funcionava como abrigo para pessoas deslocadas.
Fontes do Hamas disseram que a explosão no hospital matou principalmente pessoas deslocadas. Uma autoridade de alto escalão da Autoridade Palestina, reconhecida internacionalmente, que opera na Cisjordânia, mas não em Gaza, descreveu o ocorrido como um massacre.
Israel nega autoria de ataque e culpa Jihad Islâmica
Militares de Israel negaram a responsabilidade pelo ataque ao hospital de Gaza nesta terça-feira, dizendo que a inteligência militar sugeriu que o local foi atingido por um lançamento fracassado de foguete pelo grupo palestino Jihad Islâmica.
“Uma análise dos sistemas operacionais das IDF indica que uma barragem de foguetes foi disparada por terroristas em Gaza, passando nas proximidades do hospital Al Ahli em Gaza no momento em que foi atingido”, disse um porta-voz das Forças de Defesa de Israel (IDF) em comunicado.
“Informação de múltiplas fontes que temos em mãos indica que a Jihad Islâmica é responsável pelo lançamento fracassado do foguete que atingiu o hospital em Gaza”, afirmou.