Hoje é 27 de novembro de 2024 19:25

Advogada responderá também por duas tentativas de homicídio

Suspeita de matar o ex-sogro e a mãe dele, mulher ofereceu bolo envenenado para um tio e um avô do ex-namorado, segundo apurou a investigação policial
Amanda Partata, apontada como autora de dois homicídios e duas tentativas de homicídios por envenenamento // Foto: Reprodução

Apontada pela Polícia Civil como autora da morte do ex-sogro e da mãe dele, a advogada Amanda Partata, de 31 anos, vai responder, além desses dois crimes, por duas tentativas de homicídio, praticadas por ela contra um tio e um avô do ex-namorado. Isto porque ela ofereceu bolo envenenado a eles, de acordo com a investigação policial.

O ex-sogro de Amanda e a mãe dele morreram em 17 de dezembro, após passarem mal, depois de comerem bolos envenenados oferecidos por ela. O laudo da perícia apontou que as mortes foram causadas por uma substância altamente tóxica colocada em dois bolos de pote. A suspeita está presa desde o dia 20 de dezembro.

Neste caso, de acordo com a Polícia Civil, Amanda foi indiciada pelos crimes de homicídio consumado duplamente qualificado (por motivo torpe e pelo emprego de veneno) contra Leonardo Pereira Alves, de 58 anos; e homicídio consumado duplamente qualificado (por motivo torpe e pelo emprego de veneno) e agravado pela idade contra Luzia Alves, de 86 anos;

Além disso, ela também responderá por homicídio tentado duplamente qualificado por motivo torpe e emprego de veneno praticado contra o tio do ex-namorado e homicídio tentado duplamente qualificado (por motivo torpe e emprego de veneno) e agravado pela idade da vítima contra o avô do ex-namorado, de 82 anos.

O tio do ex-namorado de Amanda afirmou, em depoimento à polícia, ter recusado o bolo envenenado porque perderia o apetite para o almoço. Já o avô disse também em depoimento que não comeu o bolo por ter diabetes.

Relembre o caso

Segundo as investigações, Amanda foi até a casa da família do ex-namorado para um café da manhã. Ela levou pão de queijo, biscoitos, suco e bolos de pote, produtos que teria comprado em uma doceria nas proximidades do hotel onde estava hospedada em Goiânia.

Antes, segundo a Polícia, a advogada comprou 100 ml de um potente veneno, quantidade suficiente para matar várias pessoas. Ela colocou a substância em dois bolos, que comprou em uma famosa doceria da cidade.

Segundo laudo da Polícia Científica, mesmo em pequenas doses, o veneno usado é letal, além de não tem sabor nem odor, impossibilitando ser descoberto.

Três dias depois das mortes das vítimas, Amanda foi presa e negou ter cometido o crime. Segundo a polícia, ela fingiu passar mal durante o depoimento.

O delegado Carlos Alfama, que comandou a investigação, acredita que os assassinatos foram motivados por sentimento de rejeição da mulher após o fim do relacionamento com o médico filho de Leonardo Pereira Alves, uma das vítimas. Além disso, ela sentia vontade de causar o “maior sofrimento possível” ao ex-namorado.

“Amanda acreditava que o maior medo do ex-namorado era perder os familiares”, disse o delegado.

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