O presidente Luiz Inácio Lula da Silva publicou, na manhã desta quarta-feira (11/10), na rede social X (antigo Twitter), um apelo ao secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, e à comunidade internacional, em defesa das crianças palestinas e israelenses.
“Quero fazer um apelo ao secretário-geral da ONU, António Guterres, e à comunidade internacional para que, juntos e com urgência, lancemos mão de todos os recursos para pôr fim à mais grave violação aos direitos humanos no conflito no Oriente Médio”, escreveu Lula.
Para o presidente, são urgentes uma intervenção humanitária internacional e, também, o cessar fogo em defesa das crianças israelenses e palestinas.
Na postagem, o presidente Lula diz, ainda, que o grupo Hamas [Movimento de Resistência Islâmica] precisa libertar as crianças israelenses sequestradas de suas famílias. No mesmo texto, o presidente brasileiro diz também que é necessário que Israel cesse o bombardeio na Faixa de Gaza, para que as crianças palestinas e as mães delas deixem este território palestino que faz fronteira com o Egito.
Por fim, Lula diz que o Brasil, na presidência provisória do Conselho de Segurança da ONU, neste mês de outubro, vai trabalhar pela paz e se juntará aos esforços para que cesse de imediato e em definitivo o conflito.
“[O Brasil] continuará trabalhando pela promoção da paz e em defesa dos direitos humanos no mundo”.
Itamaraty apura se há brasileiros entre reféns do Hamas
O Ministério das Relações Exteriores ainda está verificando a informação de que há brasileiros entre os reféns que o grupo Hamas fez ao atacar o território israelense, por terra e ar, no último sábado (7/10). A informação foi divulgada na manhã desta quarta-feira (11), pelo porta-voz das Forças de Defesa de Israel, Jonathan Conricus. Em um vídeo divulgado nas redes sociais, Conricus afirma que o Hamas mantém em torno de 150 reféns e que, entre estes, há dezenas de cidadãos com dupla nacionalidade, incluindo brasileiros, argentinos, italianos, entre outros.
“Recebemos esta informação. Estamos procurando verificá-la, mas ainda não temos confirmação”, comentou o secretário de África e Oriente Médio do Itamaraty, embaixador Carlos Sérgio Sobral Duarte (à esquerda), durante uma coletiva de imprensa pela manhã, no ministério.
A diplomacia brasileira também ainda não recebeu detalhes sobre o paradeiro da carioca Karla Stelzer, de 41 anos. Ela vive em Israel há mais de dez anos e está desaparecida desde o último sábado, quando militantes do Hamas deflagraram um ataque coordenado contra o território israelense.
“Até o momento, não temos nenhum detalhe. Nossa embaixada [em Tel Aviv, Israel] está em estreito contato com as autoridades locais, buscando as informações disponíveis, mas, até o momento, sem nenhuma novidade”, comentou o diretor do Departamento Consular do Itamaraty, ministro Aloysio Mares Dias Gomide Filho.
Karla foi vista pela última vez entre o público de um festival de música eletrônica realizado no sul de Israel, próximo à Faixa de Gaza, e que foi alvo do ataque do Hamas. Ao menos 260 mortos já foram localizados nas proximidades do evento, entre eles o gaúcho Ranani Nidejelski Glazer e a carioca Bruna Valeanu, ambos de 24 anos. Os óbitos dos dois foram confirmados na terça-feira (10).