Hoje é 22 de novembro de 2024 04:27

Mais de mil pessoas morreram em confronto entre Israel e Hamas 

Comando da Aeronáutica disponibilizou seis aviões para operação de resgate dos brasileiros que estão em Israel
Guerra começou neste sábado quando o Hamas, grupo extremista armado, fez um ataque surpresa contra o território israelense | Foto: Mohammed Abed/AFP

O segundo dia de confronto entre Israel e Hamas já deixou pelo menos 1.120 pessoas mortas, sendo 700 em Israel, 413 na Faixa de Gaza e 7 na Cisjordânia. Milhares de pessoas ficaram feridas. O balanço foi divulgado pelas autoridades locais neste domingo (8/10).

A guerra começou neste sábado (7/10), quando o Hamas, grupo extremista armado, considerado uma das maiores organizações islâmicas nos territórios palestinos, fez um ataque surpresa contra o território israelense. A partir da Faixa Gaza, foram lançados 5 mil foguetes.

Homens armados do Hamas invadiram o território israelense na região sul do país por terra, ar e mar. Agências internacionais relataram que eles atiraram em pessoas que estavam nas ruas da região. Além disso, houve relatos de vários israelenses levados como reféns para Gaza, incluindo mulheres e crianças.

Esse foi considerado um dos maiores ataques que Israel sofreu nos últimos anos. Diante da ofensiva do Hamas, o governo israelense iniciou uma retaliação.

“Estamos em guerra e vamos ganhar. O nosso inimigo pagará um preço que nunca conheceu”, disse o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu”. 

Ainda no sábado, Israel lançou bombas em direção à Faixa de Gaza. Segundo as forças israelenses, os alvos eram locais ligados ao Hamas, que controla a região.

Na madrugada deste domingo, novas explosões foram reportadas em Gaza, e os ataques se intensificaram ao amanhecer.

De acordo com a agência de notícias Reuters, militares israelenses afirmaram que ataques foram feitos contra o norte de Israel a partir do  Líbano. Os novos bombardeios foram reivindicados pelo grupo armado Hezbollah, que disse ter disparado foguetes em “solidariedade” ao povo palestino.

Ainda no sábado, o Hezbollah anunciou apoio ao ataque promovido pelo Hamas contra Israel, afirmando estar em contato direto com líderes de grupos de resistência. As Forças Armadas de Israel disseram que revidaram o ataque do Hezbollah e que um drone atingiu um posto do grupo na região da fronteira com o Líbano.

O Gabinete de Segurança de Israel emitiu uma declaração oficial de guerra contra o Hamas neste domingo. A medida oficializa o que já havia sido anunciado por Netanyahu e permite que o governo mobilize mais reservistas e intensifique a resposta militar ao conflito.

Brasil vai mandar aviões resgatar brasileiros em Israel

O Comando da Aeronáutica disponibilizou seis aviões para operação de resgate dos brasileiros que estão em Israel.

Há uma aeronave KC-30, com capacidade par 230 passageiros, que está pronta para decolar de Natal em direção a Roma, na Itália. 

O avião será deixado no local mais próximo da área de conflito para aguardar a elaboração de listas de passageiros que desejam embarcar para o Brasil. A previsão é que a lista saia na segunda-feira (9/10).

As informações foram dadas em entrevista coletiva na manhã deste domingo (8/10), no Itamaraty, com o comandante da Aeronáutica, tenente-brigadeiro Marcelo Damasceno, e o ministro da Defesa, José Múcio.

Segundo Damasceno, a primeira decolagem deve ser feita na segunda ou terça-feira, a depender da coordenação do Ministério das Relações Exteriores.

A decolagem, em Israel, deverá ser feita no aeroporto de Telaviv, no período da tarde, para facilitar o translado dos brasileiros até o aeroporto. A ideia é que eles possam se locomover mais tranquilamente até o aeroporto, na parte da manhã.

Há outro KC-30 destinado para a missão e mais quatro aviões, dois de cada modelo: KC390, com capacidade para 80 passageiros, e o VC2, cedido pela presidência a República, com capacidade para 40 passageiros.

Segundo o Itamaraty, são estimados 14 mil brasileiros residentes em Israel e 6 mil brasileiros na Palestina. Trinta brasileiros vivem na Faixa de Gaza.

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