O Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego) aguarda uma nova proposta da Prefeitura de Goiânia até está sexta-feira (29/9) para evitar a paralisação da categoria. Caso não recebam nenhuma proposta ou não concordem com a alternativa apresentada pela atual gestão, greve estará deflagrada a partir da próxima segunda-feira (2/10).
A decisão aconteceu nesta semana, na terça-feira (26/9), após os profissionais saírem da Assembleia realizada em frente ao Paço Municipal. Em seguida, um grupo de aproximadamente 50 pessoas foram até à Câmara Municipal de Goiânia pedir respaldo aos parlamentares.
A presidente do Sintego, deputada estadual Bia de Lima, ressalta que os profissionais já estão com a decisão tomada.
“A categoria veio lá do Paço com uma decisão tomada que é de greve a partir de segunda-feira na rede municipal de Educação de Goiânia porque os administrativos da educação estão sem reposição salarial desde o ano passado”, ressaltou Bia de Lima.
“O direito a data-base não foi conferido e o plano de carreira que possa valorizar e estimular as pessoas a ficarem na educação há muito vem patinando e nós precisamos dar respostas para esses pontos. A lei diz que a data-base é maio, nós já estamos em outubro”, frisou a deputada.
A deputada ainda garantiu que a categoria não vai cruzar os braços diante da situação enfrentada pelos profissionais.
“Nós vamos fazer uma nova assembleia na sexta-feira, mas de antemão aguardando que daqui até sexta-feira, o Paço Municipal possa apresentar uma proposta que a categoria avalie e se a categoria concordar, não tem greve. Agora se não concordar, a greve já está deflagrada a partir de segunda-feira”, reiterou Bia de Lima.
Em pauta
As principais demandas exigidas pelos profissionais de Educação são 6% de reajuste na data-base, construção de um novo plano de carreira e auxílio-locomoção.
Por meio de nota, a Secretaria de Educação disse que avalia uma proposta à categoria e que está com diálogo aberto, a queda na arrecadação, no entanto, dificulta qualquer reajuste no atual momento.
“A Secretaria Municipal de Educação (SME) enviou as propostas apresentadas pelos profissionais à Secretaria Municipal de Administração (Semad) para estudo e avaliação do impacto orçamentário-financeiro”, afirmou.
“É importante destacar que projeções da Secretaria Municipal de Finanças (Sefin) apontam queda na arrecadação e a possibilidade de que o município alcance o limite prudencial de despesa com pessoal estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF)”, diz outro trecho da nota.
Bia de Lima ainda reforçou que a luta continua para que os profissionais da educação sejam valorizados.
“Nós queremos o direito legítimo de trabalhar e sobreviver com o trabalho que cada um desenvolve. Nós estamos lutando para que a prefeitura possa conferir do que aquilo que está na lei que é o direito a data-base e o plano de carreira que valorize os profissionais da educação”, finalizou a deputada estadual.