Hoje é 22 de novembro de 2024 06:33

Caiado busca empréstimos de R$ 3,2 bilhões junto ao Banco Mundial e Banco Interamericano

Propostas apresentadas às duas instituições financeiras, em Washington, têm como objetivo financiar investimentos do Estado, principalmente na área de infraestrutura, como rodovias, e de tecnologia digital
Ronaldo Caiado participou de reuniões no Banco Mundial e no BID: uma das metas dos projetos é fortalecer o capital humano para o trabalho do futuro com foco em tecnologia e transformação digital e inovação em gestão pública // Foto: Alexandre Parrode

O governador Ronaldo Caiado esteve nesta quinta-feira (31/08) nas sedes do Banco Mundial (Bird) e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) em Washington, Estados Unidos. Ele visitou as instituições financeiras em busca de financiamento para o estado de Goiás e apresentou projetos que, somados, chegam ao valor de R$ 32 bilhões, com contrapartida de R$ 656 milhões do Tesouro Estadual.

O Banco Mundial concede empréstimos a países em desenvolvimento, com atuação junto à Organização das Nações Unidas e fóruns internacionais como o G20. Na mesma linha, o BID atua com o propósito de financiar projetos de desenvolvimento econômico, social e institucional e promover a integração comercial na América Latina e Caribe.

“As propostas que estamos apresentando são para ampliar cada vez mais os investimentos do Estado, principalmente na área de infraestrutura, como rodovias, e de tecnologia digital, necessárias para desenvolver Goiás”, afirma Caiado, que estava acompanhado do secretário-geral de Governo, Adriano da Rocha Lima; e do presidente da Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes, Lucas Vissotto.

No Bird, o governador apresentou uma prévia da carta-consulta com quatro projetos para a recuperação de mais de mil quilômetros de estradas e rodovias, aquisição de ônibus escolares e reformulação do transporte público de Goiânia (reforma dos terminais e plataformas do Eixo Anhanguera e aquisição de uma frota de ônibus elétricos).

A proposta contempla os projetos restauração sustentável da malha rodoviária, com custo de US$ 282 milhões (com US$ 56,4 milhões de contrapartida do Estado); rodovias em harmonia com meio ambiente, orçado em US$ 12 milhões (mais US$ 2,4 milhões de contrapartida); mobilidade na educação, no valor de US$ 9,6 milhões (US$ 1,9 milhão de contrapartida); e o Corredor Verde Nova Anhanguera, no valor de US$ 118,3 milhões (US$ 23,6 milhões de contrapartida).

Segundo a assessoria do governador, no total os projetos apresentados pelo Governo de Goiás aos representantes do Banco Mundial somam US$ 422 milhões para investimentos, com previsão de US$ 337,6 milhões (aproximadamente R$ 1,7 bilhão) de empréstimo pela instituição financeira e US$ 84,4 milhões (R$ 422 milhões) de contrapartida do Tesouro Estadual.

Já no BID a equipe do Governo de Goiás apresentou dois projetos para a transformação digital. Um deles é o programa G.O.I.Á.S, que tem por finalidade alavancar a competitividade do Estado por meio de Centro de Tecnologia da Informação para desenvolvimento sustentável e inclusivo.

A meta é fortalecer o capital humano para o trabalho do futuro com foco em tecnologia e promover a transformação digital e inovação em gestão pública para facilitar o acesso do cidadão e reduzir o custo da prestação de serviço. A previsão de custo do programa é de US$ 150 milhões (R$ 750 milhões), com US$ 35 milhões de contrapartida do Tesouro Estadual (cerca de R$ 175 milhões).

A segunda proposta é o Programa de Modernização da Gestão Fiscal (ProFisco). Ele está dividido nos eixos Gestão Fazendária e Transparência Fiscal, com custo de US$ 68,6 milhões; Administração Tributária e Contencioso Fiscal, orçado em US$ 25,3 milhões; Administração Financeira e Gasto Público, com custo de US$ 18,3 milhões; Gestão Jurídica dos Assuntos Fiscais, avaliado em US$ 4,6 milhões; e Gestão do Projeto, no valor de US$ 1,5 milhão. O ProFisco prevê investimento de US$ 118,5 milhões (R$ 592 milhões), sendo US$ 11,85 milhões de contrapartida do Estado (R$ 59,2 milhões).

Os dois projetos apresentados ao BID somam investimento de US$ 303,5 milhões, o equivalente a aproximadamente R$ 1,5 bilhão. Do total, US$ 256,65 milhões (R$ 1,283 bilhão) viriam de empréstimo do banco e outros US$ 46,85 milhões em forma de contrapartida do Estado (R$ 234 milhões).

Segundo o secretário-geral de Governo, Adriano da Rocha Lima, esse investimento em tecnologias vai permitir que Goiás avance ainda mais em todo o atendimento ao cidadão, com processos mais eficientes, redução de custos, parques tecnológicos, associação como inteligência artificial e capacitação de pessoas.

O governador Ronaldo Caiado destacou que as instituições financeiras têm acompanhado o desenvolvimento econômico e o equilíbrio fiscal alcançado por Goiás, o que levou à volta da credibilidade do Estado. Após a apresentação das cartas-consultas para os financiamentos, o governo vai aguardar uma avaliação até o próximo dia 20 de setembro.

“Aí, sim, aceleramos o passo para podermos ter Goiás novamente em condições de pleitear empréstimos, que até o momento eram totalmente impossíveis”, disse Caiado.

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