Hoje é 22 de novembro de 2024 00:50

Fieg considera corte de 0,5 de juros insuficiente para estimular a economia

É a primeira queda do indicador nos últimos 12 meses; a escalada da taxa básica de juros começou em 2021, saltando nesse ano de 2% para 7,75%

A Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg) considera o corte de 0,5 de juros insuficiente para estimular a economia. A informação sobre o corte de juros foi divulgada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) na quarta-feira (2/8).

Com essa decisão do Banco Central do Brasil, a Selic sai de 13,75% para 13,25%.

“Não é o suficiente para reverter o alto custo do crédito, o investimento em baixa e a economia em marcha lenta. O cenário atual já comporta um corte mais expressivo, uma vez que a inflação está sob controle, com viés de baixa acentuada”, disse o presidente da Fieg, Sandro Mabel.

Apesar de ser a primeira queda do indicador nos últimos 12 meses, para o setor produtivo a decisão foi tímida e de pouca expressão, sobretudo considerando estimativas do mercado que apontam que a inflação ficará dentro da margem estabelecida na meta do governo, entre 1,75% e 4,75%.

“Para que houvesse um reflexo na economia ainda em 2023, o corte na Selic deveria ter sido algo em torno de 1 a 2 pontos percentuais. Uma redução de 0,5 ponto percentual demora de 3 a 6 meses para ser refletida na ponta e, dependendo do risco da operação ou do sistema financeiro, pode demorar ainda mais tempo”, explicou Sandro Mabel.

A escalada da taxa básica de juros começou em 2021, saltando nesse ano de 2% para 7,75%. 

Em 2022, a Selic chegou aos 13,75%. A expectativa é de que o indicador encerre o ano de 2023 próximo dos 10%. 

Uma nova reunião do Copom está marcada para 19 e 20 de setembro e a expectativa do setor produtivo é de que haja um corte mais expressivo da taxa.

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