O estado de Goiás foi o segundo estado que mais realizou cirurgias eletivas dentro do Programa Nacional de Redução de Filas de Cirurgias Eletivas, entre março e abril deste ano. No período, foram atendidos 2.750 pacientes.
O programa do Governo Federal foi instituído em fevereiro e determinou que os estados levantassem o quantitativo da fila de cirurgias eletivas. Em Goiás, foram contabilizados 125.894 pacientes, o que representa a maior fila declarada dentre as 27 unidades federativas do Brasil. Destes, apenas 25.085 estão previstos para serem atendidos na primeira fase do programa.
Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, a previsão é que a etapa seja finalizada em outubro, podendo ser antecidada ou atrasada. Goiás reúne 67 hospitais nos 40 municípios executantes, definidos após discussões sobre quais unidades poderiam atender a essa nova demanda.
No primeiro momento, a prioridade é para as cirurgias gerais, ginecológicas, oftalmológicas e otorrinolaringológicas. Os procedimentos ortopédicos também estão inseridos, mas cada município dispõe da governança para organizar com os prestadores o cronograma de execução, a partir de fila única. A seleção obedece ao critério de antiguidade – quem aguarda há mais tempo será chamado primeiro.
Já na proporção entre quantitativo de procedimentos previstos e o total executado, Goiás foi o sexto com maior percentual de redução de fila. Dos 17 estados que já fizeram cirurgias pelo programa, Roraima foi o que teve maior redução na espera. A lista é seguida por Acre, Santa Catarina, Distrito Federal e Paraíba.
O secretário Sérgio Vencio destaca a decisão do Governo de Goiás de complementar financeiramente os procedimentos, pagando o dobro da tabela SUS para que unidades de saúde privada e de alguns municípios realizem as cirurgias.
Segundo ele, um dos desafios do Sistema Único de Saúde (SUS) é o subfinanciamento, pois os recursos oriundos do MS não são capazes de custear os procedimentos em sua totalidade.
“Em Goiás, os gastos com a saúde são de R$ 2,3 bilhões, valor com o qual o tesouro estadual tem muito contribuído”, disse, ao ressaltar ainda a importância da reorganização do sistema, com a unificação nominal da fila, permitindo o planejamento do cronograma de cada município executante junto aos prestadores.