Uma criança de cinco anos morreu com suspeita de H1N1 durante um surto em uma escola particular de educação infantil em Aparecida de Goiânia. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que, após uma testagem na escola, foram identificados 25 casos da doença.
Segundo a SMS, a família da criança afirmou que ele havia testado positivo para H1N1 e foi atendido em um hospital particular, mas faleceu na segunda-feira (14/10). O laudo do Instituto Médico Legal ainda não foi divulgado para confirmar a causa da morte.
O H1N1, um subtipo do vírus influenza A, é transmitido por gotículas respiratórias e superfícies contaminadas. Seus sintomas são semelhantes aos da gripe comum, mas mais intensos, podendo durar de 5 a 7 dias.
Em um vídeo divulgado nas redes sociais, a diretora do Centro de Educação Infantil Aplicar, Moema Davis, informou que outros alunos, professores e pais também testaram positivo. Ela apresentou 20 resultados confirmados.
A escola suspendeu as aulas para conter o surto. A diretora enfatizou a gravidade da situação e alertou para o risco da proliferação do vírus em ambientes coletivos.
Moema destacou que a gripe H1N1 não deve ser tratada de forma negligente e que medidas como o afastamento de infectados por até sete dias e o uso de medicamentos são essenciais para conter a doença.
Ela também reforçou a necessidade de cuidados preventivos, como repouso e ingestão de líquidos, além de evitar aglomerações e ambientes fechados durante o período de transmissão.
O Ministério da Saúde recomenda o uso de antivirais, como oseltamivir, em casos mais graves, e acompanhamento rigoroso para evitar complicações.
Cobertura vacinal está abaixo da metade do ideal
Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás informou que ainda não foi notificada pelo município de Aparecida de Goiânia, mas que já tem ciência do caso e entrará em contato por meio da Vigilância em Saúde. A pasta alerta ainda que a cobertura vacinal contra a influenza/gripe está abaixo do ideal, “com apenas 44%, sendo que o recomendado é de pelo menos 90%”, o que aumenta o risco de ocorrências de surtos e elevação de casos graves.
“Em abril a vacinação contra Influenza foi ampliada e ofertada a toda população a partir de 6 meses de idade e permanece disponível até o momento nos 246 municípios do estado”, diz trecho do comunicado.
Veja a nota na íntegra:
“A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás informa que ainda não foi notificada pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Aparecida de Goiânia, mas já está atenta ao caso e entrará em contato com a SMS por meio da Vigilância em Saúde, para acompanhar e passar as orientações à SMS local quanto às medidas preventivas, de contenção e demais cuidados, tanto na escola como em todo o município.
A SES-GO também orienta a todos os goianos para a importância de se prevenir contra a gripe, sobretudo com a vacinação. E alerta que a cobertura vacinal contra a influenza/gripe está muito abaixo do ideal, com apenas 44%, sendo que o recomendado é de pelo menos 90%. Essa situação aumenta o risco de ocorrências de surtos e elevação de casos graves.
A vacinação é a melhor medida de prevenção, é segura e considerada uma das medidas mais eficazes para evitar casos graves e óbitos. No ano de 2024 a campanha Nacional de Vacinação contra Influenza deu início no mês de março para os grupos prioritários recomendados pelo Ministério da saúde, em abril a vacinação contra Influenza foi ampliada e ofertada a toda população a partir de 6 meses de idade e permanece disponível até o momento nos 246 municípios do estado.
Por fim, a pasta orienta que, nos casos de suspeita de gripe, a pessoa deve evitar contato com outras pessoas, utilizar máscara, higienizar sempre as mãos, visto que a transmissão ocorre de forma facilitada através do contato com gotículas de saliva, ao tossir, conversar, espirrar. No caso de sintomas gripais como febre, tosse, espirros, coriza associado a dificuldade para respirar (falta de ar) procurar uma unidade de saúde o mais rápido possível, principalmente se for idoso, criança e/ou imunodeprimido”.