O governador Ronaldo Caiado (União Brasil) criticou a insuficiência de recursos federais para combater as queimadas em Goiás durante uma reunião no Palácio do Planalto, com ministros e governadores, na tarde desta quinta-feira (19/9). Caiado destacou as ações proativas do estado, mas lamentou que os R$ 13 milhões destinados ao estado sejam insuficientes.
Durante a reunião, o governo federal anunciou a liberação de R$ 514 milhões para o combate às queimadas na Amazônia e destacou um plano emergencial para lidar com o problema. Caiado enfatizou a necessidade de descentralização das ações e criticou a falta de efetividade de medidas tomadas em Brasília, propondo maior autonomia para os estados na tomada de decisões em emergências como essa.
“Qual é o significado de quinhentos e poucos milhões de reais numa situação como essa? Soube que a cota de Goiás é R$ 13 milhões. Nós apresentamos um documento, com base em estudo, com dados oficiais. Não é no achismo. Já chega a R$ 1,5 bilhão. São mais de 102 mil hectares de áreas produtivas que foram destruídas nessas queimadas”, comentou Caiado.
O governador também mencionou que, apesar das adversidades, Goiás conseguiu reduzir os incêndios em áreas não produtivas em 12%, graças a ações coordenadas entre o governo estadual, Defesa Civil e sindicatos rurais. Ele lamentou a perda de vidas, como a morte de uma fazendeira em Itapaci, que faleceu ao tentar apagar um incêndio em sua propriedade, destacando a gravidade da situação.
Caiado também criticou a revogação de uma lei estadual que tornava inafiançável a prisão de autores de incêndios criminosos. Ele defendeu penas mais severas e ressaltou que a lei, mesmo eficaz, foi considerada inconstitucional. O governador reforçou a importância de endurecer a legislação para combater crimes ambientais de forma mais efetiva.
O governo de Goiás tem implementado ações para prevenir e combater as queimadas, como a proibição do uso de fogo e a contratação de brigadas especializadas. Além disso, trabalha na regulamentação da Política de Manejo Integrado do Fogo (MIF), com foco inicial nas unidades de conservação, para mitigar os efeitos das queimadas e proteger áreas vulneráveis.
