Hoje é 22 de novembro de 2024 14:06

Procon e Polícia Civil fecham empresas e prendem 8 em flagrante em Aparecida

Clientes eram atraídos por anúncios de venda de veículos e imóveis e induzidos a dar um valor de uma suposta entrada para adquirir o bem
Empresas funcionavam no mesmo prédio, na Avenida Rio Verde, em frente ao Buriti Shopping, e todos os CNPJs estavam ativos em salas distribuídas em 4 andares do edifício // Fotos: Procon/PCGO

A Polícia Civil de Goiás, por meio do 5° Distrito Policial de Aparecida de Goiânia, desencadeou, na terça-feira (30/7), a Operação Tolerância Zero, que resultou na autuação e interdição de seis empresas e na prisão em flagrante de oito pessoas (gerentes e representantes das pessoas jurídicas). A ação foi realizada em conjunto com a Superintendência de Proteção aos Direitos do Consumidor de Goiás (Procon/GO).

As empresas funcionavam no mesmo prédio, localizado na Av. Rio Verde, em frente a um shopping de grande porte, em Aparecida de Goiânia e operavam o que ficou conhecido como “golpe do falso financiamento”. Todas os empreendimentos funcionavam em salas distribuídas em quatro andares, do mesmo prédio.

Durante a ação de fiscalização administrativa do Procon Goiás, identificou-se que os clientes eram atraídos por anúncios de venda de automóveis e imóveis em redes sociais e plataforma de marketplace e induzidos a darem um valor de uma suposta entrada para adquirir o bem. Não era deixado claro ao cliente que o contrato, na verdade, era para aquisição de uma cota de consórcio.

Por não passar informações claras aos clientes sobre os serviços oferecidos e sobre a natureza da operação financeira, além de atuar por meio de propaganda enganosa, as empresas foram interditadas e autuadas pelo Procon Goiás. A Polícia Civil recolheu documentos para seguir com a investigação criminal.

Ao todo foram conduzidas 24 pessoas para o 5º Distrito Policial de Aparecida de Goiânia e, após análise dos elementos informativos, foi realizada a prisão em flagrante de oito investigados, homens e mulheres de idades variadas, que exerciam as funções de supervisão e representação (proprietários) das pessoas jurídicas envolvidas.

Os presos foram autuados em flagrante delito pelo cometimento de crime contra as relações de consumo, propaganda enganosa, publicidade abusiva, promoção de publicidade prejudicial ao consumidor e associação criminosa.

No curso do inquérito policial, haverá a apuração da existência do cometimento do crime de estelionato, tendo vítimas variadas.

Consumidor relata prejuízo de R$ 14 mil

Durante a operação, os agentes se depararam com um consumidor que havia dado R$ 14 mil, acreditando ser a entrada para compra de uma casa que tinha o valor total de R$ 280 mil. Segundo ele, o restante do valor seria parcelado. Depois de assinar o contrato, porém, não foi cumprido o acordo de entrega das chaves da casa em poucos dias.

O consumidor relatou que o contato com os vendedores foi se tornando muito difícil e, só após alguns dias, descobriu que o contrato era relativo a consórcio.

Também havia outro consumidor que estava prestes a repassar para uma das empresas R$ 4 mil como suposta entrada de um carro no valor de R$ 80 mil. De acordo com ele, foi prometido que o restante seria financiado, e que o veículo estaria disponível no mesmo dia. Os agentes do Procon e da PC impediram que ele fechasse o negócio.

O Procon Goiás informou ao PORTAL NG que vem realizando fiscalizações em empresas do ramo financeiro desde abril do ano passado e, com as interdições da última terça, já são 40 empresas fechadas. Dessas, 10 interdições foram realizadas com apoio do 5º Distrito Policial de Aparecida de Goiânia.

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