O deputado federal Gustavo Gayer (PL), pré-candidato a prefeito de Goiânia, visitou a Câmara de Vereadores da capital na manhã desta terça-feira. Acompanhado dos correligionários Fred Rodrigues, pré-candidato a vice-prefeito, e ex-deputado Major Vitor Hugo, ele falou rapidamente na tribuna, conversou com o presidente da Câmara, Romário Policarpo, e outros vereadores. Ele não falou com a imprensa.
Ao discursar na tribuna, o deputado pediu desculpas por interromper a sessão. No momento que ele chegou no plenário, o vereador Paulo Magalhães (União) exibia um vídeo e acabou encerrando sua participação, devido à movimentação.
“De antemão, peço desculpas por ter interrompido a sessão. Não fazia parte dos nossos planos. A minha ideia era vir aqui apenas fazer uma visita rápida, cumprimentar cada um dos senhores e senhoras e seguir para Brasília, afinal de contas teremos sessões lá, como aqui”, disse Gayer, que fez a visita a convite do vereador Willian Veloso (PL).
Em rápidas palavras, o político abordou a importância da eleição para prefeito e vereador em Goiânia. E pediu união em prol da cidade, seja quem for o eleito. Foi ovacionado das galerias ao agradecer pessoas presentes e brincou: “Depois eu passo o PIX”.
Apesar de boa parte dos vereadores terem apreciado a presença do pré-candidato, alguns torceram o nariz, principalmente pela forma como ocorreu a chegada em plenário, interrompendo o andamento da sessão.
Leandro Sena (Solidariedade), integrante da base do prefeito Rogério Cruz (Solidariedade), pré-candidato à reeleição, considerou normal a visita, lembrando que a Câmara é uma casa legislativa plural, aberta às manifestações.
“Eu estava em audiências no Paço Municipal tratando de coisas da sociedade goianiense. Não acompanhei essa manhã todos os acontecimentos, mas tive informação da visita dele. É normal todo pré-candidato fazer uma visita institucional”, disse Sena.
‘Esse moço não justificou por que ele subiu na tribuna’
Quem não gostou muito da visita foi o vereador Paulo Magalhães, filiado ao partido do governador Ronaldo Caiado (União Brasil), principalmente porque ele acabou sendo interrompido na explanação que fazia no plenário, quando exibia um vídeo.
“Quando é candidato que tem história, que realmente tem administração, que sabe fazer as coisas acontecer, até eu tiro o chapéu. Mas esse moço ele não justificou por que ele subiu na tribuna e ainda mais, para a torcida que estava ali, ele falou, depois eu passo o PIX para vocês, quer dizer, é torcida organizada, tem que pagar para vir bater palma?”, comentou Magalhães.
Para o vereador, Goiânia “merece um prefeito que tenha história, passado e honra. “Agora a pessoa que foi arrastada pela febre bolsonarista, não tem história para contar”, acrescentou, citando que o líder do partido de Gayer, ex-presidente Jair Bolsonaro, está inelegível.
“Não vai ter jeito de ele vir cá, transferir os votos para ele. Aliás. Goiânia não merece isso, Goiânia merece ter um prefeito que esteja preparado para administrar as cidades, ruim por ruim, fica o Rogério Cruz, que é melhor que ele”, criticou Paulo Magalhães.