Na tarde deste domingo (8/1), apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro invadiram a Esplanada dos Ministérios, em Brasília, pedindo a prisão do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva e por intervenção militar. A manifestação do grupo de bolsonaristas começou por volta das 14h.
Os manifestantes entraram na área do Senado Federal, no Palácio do Planalto e no Supremo Tribunal Federal. O local estava fechado desde sábado (7/1) devido aos atos programados para hoje, mas os bolsonaristas furaram os bloqueios.
O grupo de apoiadores do ex-presidente se organizou nos últimos dias via aplicativo de mensagem com o objetivo de ‘cercar Brasília e parar tudo’.
Vestidos de roupas verde e amarela, eles protestam contra o resultado das eleições de 2022, o grupo também pede por intervenção militar e para que o atual presidente seja preso. Eles erguem cartazes com frases como: “Forças Armadas, cumpra seu julgamento” e “Para libertar o Brasil do comunismo”.
Vidraças, cadeiras e mesas dos dois prédios públicos foram quebradas. Funcionários do Congresso Nacional que estavam de plantão foram ameaçados.
Vídeos que circulam nas redes sociais mostram que para invadir os prédios do Legislativo e do Executivo, os manifestantes partiram para cima dos agentes da PM que faziam o isolamento dos prédios públicos.
Agentes da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) pararam parte dos extremistas que estavam armados e começaram a revistá-los. Junto dos pertences dessas pessoas havia ainda armas brancas, que poderiam ser utilizadas para violência.
O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, disse neste sábado que as manifestações estão liberadas, desde que ocorram de maneira pacífica. Neste domingo, o ministro da Justiça, Flávio Dino, comentou em seu Twitter que espera que não ocorram atos violentos para que a polícia não precise agir.
Mais tarde, ele criticou o ato e reforçou que o GDF deve enviar reforços. “Essa absurda tentativa de impor a vontade pela força não vai prevalecer”, escreveu o chefe da pasta.
Enquanto isso, o presidente Lula está em São Paulo na cidade de Araraquara visitando os estragos provocados pelas chuvas ao lado da primeira-dama Janja da Silva.